MEMÓRIA
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LARGO DO AROUCHE - ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Acadêmico: Benedito Lima de Toledo
O largo contou, anteriormente, com algumas denominações “temporárias”, a saber: Largo do Ouvidor, Largo da Artilharia, Praça Alexandre Herculano e finalmente Largo do Arouche, em homenagem ao Tenente General José de Toledo Rendon.
A população, todavia, designava o local como Mercado das Flores: seria o Mercado das Flores do Largo do Arouche.
O Tenente José Arouche de Toledo Rendon, introdutor da cultura do chá em São Paulo, importou um forno da China para a fabricação. Mandou elaborar dois fornos iguais em Ipanema.
Sua fazenda deu origem a alguns bairros na cidade, como a Vila Buarque.
Arouche estimulou seus amigos a promover a cultura do chá e cedia seus fornos para os novos interessados.
O chá tornou-se hábito entre as famílias paulistanas e seu consumo foi intenso.
A essa cultura, o viaduto, então construído na área central, mereceu a denominação de Viaduto do Chá, Sua estrutura era primitivamente de ferro. Demolida, em seu lugar foi construído o atual Viaduto do Chá, referência central da cidade.
Componentes do Largo do Arouche
Academia Paulista de Letras: Na posse de Guilherme de Almeida no cargo de secretário do Conselho Estadual de Bibliotecas e Museus foi solicitada a doação do imóvel à Academia. Sua escritura de doação foi lavrada em 1944.
Mercado das Flores
Várias esculturas fazem parte do largo, enriquecendo o patrimônio cultural da cidade. Entre as quais citamos apenas para exemplo: Depois do Banho (Victor Brecheret), Menina e o Bezerro (Christophe), Taunay (Claude Dunin), Amor Materno (Virion), entre outras.
Vários restaurantes, a exemplo do La Casserole, entre outros.



TENENTE GENERAL JOSÉ AROUCHE DE TOLEDO RENDON

Nascido em São Paulo. (1756-1834)
Seus pais mandaram-no estudar em Coimbra , onde cursou a Faculdade de Leis em 1779. Retornou a São Paulo em 1782.
Foi pioneiro da cultura do chá em São Paulo. Em sua fazenda Casa Verde, suposta origem do bairro Casa Verde, atingiu a soma de 44 mil pés de chá. Tinha sete irmãs, solteiras, conhecidas como as “moças da Casa Verde”
Introdutor da cultura do chá em São Paulo, chegou a importar um forno da China para fabricação do chá. Mandou fazer dois fornos iguais em Ipanema. Sua fazenda deu origem a alguns bairros na cidade, como a Vila Buarque
Seguiu a seguinte carreira:
- Juiz de Medições de Sesmarias
- Entrou para o exército em 1789
- Em 1795 - já era Coronel de Campo
- Em 1808 Inspetor geral de Milícias
- Em 1813 Patente de Brigadeiro
- Em 1817 Comandou o “Corpo de Voluntários contra expansão no sul do Brasil
- Em 1819 Marechal de Campo
- Em 1822 Efetivado
- Em 1829 (73 anos) TENENTE GENERAL

Independência do Brasil
- Em 22 de dezembro de 1821 a Câmara Municipal encarregou-o de viajar ao Rio de Janeiro e apelar ao Príncipe Regente que não regressasse a Portugal, no que foi atendido
A 7 de setembro de 1822 por ocasião da proclamação da Independência, na entrada triunfal a São Paulo, o novo Imperador avistado de longe pela torre da Igreja Boa Morte (que não existe mais) seus sinos começaram a badalar, e todos os das demais igrejas começaram a soar., promovendo um concerto.
Na ocasião, Arouche levou uma peça de artilharia, um Canhão, com o qual fez um ensurdecedor disparo.
Eleito membro da Comissão da Fazenda e da Marinha de Guerra, mandou reabrir a fábrica de tecidos de algodão.
Foi encarregado de promover o arruamento da cidade.
Em 11 de agosto de 1827, nomeado Primeiro Diretor da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco.
Em 1828 instalou o curso no Convento de São Francisco, incluindo a biblioteca dos frades.
Faleceu no dia 26 de julho de 1834.




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Largo do Arouche, 312 / 324 • CEP: 01219-000 • São Paulo • SP • Brasil • Telefone: 11 3331-7222 / 3331-7401 / 3331-1562.
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