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O JORNAL DOS TRÊS FERNANDOS
Acadêmico: José Renato Nalini
"Fernando Pedreira, Fernando Gasparian e Fenando Henrique Cardoso partilharam experiências memoráveis."

“Entre a Lagoa e o Mar” é o livro de Fernando Pedreira, recentemente publicado pela Editora Bem-Te-Vi. A apresentação é de Fernando Henrique Cardoso, amigo desde a década de quarenta. O terceiro Fernando, o Gasparian, já faleceu. É nome de Escola Estadual na capital paulista.
Os três Fernandos foram donos de “O Jundiaiense”, jornal que existiu na década de sessenta, obviamente em Jundiaí. Foi ali que um dia, em 1961, fui levar a notícia do Jubileu Áureo de vida sacerdotal de um tio, Monsenhor Venerando Nalini e o redator-chefe, Waldemar Gonçalves, me fez ingressar na “cachaça” do jornalismo.
Sou muito grato ao saudoso Waldemar. E também à imortal Chãins, a querida Jandira Miranda Duarte. Aos fotógrafos Paulo Furuta e Rigo Sanguini. Desde então, nunca mais parei de escrever diariamente. Com publicação ou não, pois sempre escrevemos primeiro para nós mesmos.
Fernando Pedreira, Fernando Gasparian e Fenando Henrique Cardoso partilharam experiências memoráveis. Uma delas, manter “O Jundiaiense”, que não merece referência nas reminiscências. Prefere lembrar a passagem como jornalista no Diário de São Paulo, Última Hora e Estadão.
Dentre os três Fernandos, Pedreira ao contrário do que o nome patronímico possa sugerir é um tímido. É ele quem conta: “Sou um tímido, sempre serei. Escondi-me por trás da palavra escrita. Suo muito nas palmas das mãos, demais. Muitas vezes, antes de dar a mão a um interlocutor, um recém-chegado, tento enxugá-la disfarçadamente nas calças, ou na aba do paletó, para ocultar o vexame; às vezes emudeço, já não sei o que dizer, me torço e retorço por dentro, sem motivo nenhum”.
Pouco crível para quem foi adido de imprensa da representação do Brasil na ONU, em Nova Iorque e da embaixada brasileira em Washington, durante o regime militar. Depois, no governo FHC, foi embaixador na Unesco em Paris.
A aventura de “O Jundiaiense” foi interrompida com o advento da Revolução de 31 de março de 1964. Não consta que os três Fernandos tenham vindo a Jundiaí para o encerramento das atividades de “O Jundiaiense”, que funcionava na Secundino Veiga, bem ao lado do escritório de Jacyro Martinasso.

Por: José Renato Nalini (fonte: Jornal de Jundiaí) |Data: 25/08/2016.






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