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SONETOS OCTOGENÁRIOS
Acadêmico: Ives Gandra da Silva Martins
Há tempos eu hiberno em versejar, Não cansado do verso, mas de mim, Como a maré, nas ondas pelo mar, Que vão e que retornam sempre assim.





I



Há tempos eu hiberno em versejar,

Não cansado do verso, mas de mim,

Como a maré, nas ondas pelo mar,

Que vão e que retornam sempre assim.



Na luta, continuo sendo o mesmo,

Pois na palavra eu tenho minha espada,

O corpo lentamente segue a esmo,

Descendo desta vida a estreita escada.



Meu amor permanece de meu lado,

Andando passo a passo desde antanho,

O tempo não descora nosso fado,

Num querer que não perde seu tamanho.



Nosso passado é longo, lindo e certo,

Mas o futuro é curto e bem incerto.



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