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30/5/2025
EXPOSIÇÃO
Abertura no dia 30 de maio de 2025 e permanece até 27 de junho, de quinta a domingo, das 10h às 17h - Largo do Arouche, 324

Academia Paulista de Letras e o Instituto Peck Pinheiro trazem a São Paulo a exposição literária “A presença feminina na literatura brasileira: um caminho difícil”.

A exposição é formada por livros, quase sempre em primeiras edições, de escritoras brasileiras dos séculos XVIII ao XXI, contando as histórias dos desafios enfrentados pelas autoras para serem reconhecidas no universo literário, seja em forma de romances, poesias, crônicas, contos ou
memórias.

São autoras que enfrentaram algum tipo de preconceito, misoginia, rejeição da crítica, da sociedade ou editorial; autoras que assumiram causas sociais e políticas em defesa dos direitos das mulheres.

Em outras palavras, autoras cuja presença só foi possível pela coragem e determinação em mostrar seu talento em obras marcantes, mas algumas, infelizmente, esquecidas. Um caminho difícil pela condição de mulher, mas que enriqueceu a nossa literatura e a mudou de patamar.

Entre o primeiro romance escrito no Brasil, Aventuras de Diófanes, (1777) de Teresa Margarida da Silva e Orta, e obras publicadas já neste século, são 49 autoras e mais de 71 títulos de escritoras como Nísia Floresta, Maria Firmina dos Reis, Cecília Meireles, Lygia Fagundes Telles, Ruth Guimarães, Carolina Maria de Jesus, Júlia Lopes de Almeida, Rachel de Queiroz, Patrícia Galvão (Pagu), Clarice Lispector, Maria José Dupré, Hilda Hilst, Cora Coralina, Adélia Prado e Conceição
Evaristo, entre diversas outras.

A exposição é um recorte feito a partir de vinte e cinco mil livros que compõem o acervo do Instituto Peck Pinheiro, instituição criada pelo casal de bibliófilos Romulo Pinheiro e Patricia Peck Pinheiro com o propósito de despertar, cultivar e disseminar a paixão pelos livros, pela literatura e sua história. O Instituto Peck Pinheiro tem o projeto de criar nos próximos anos, em Ouro Preto
(MG), o Museu da Literatura Brasileira. Nesse museu, inédito no Brasil, serão expostas de maneira permanente, as obras originais de nossos principais autores e autoras, do século XVIII ao século XXI.

O GRANDE MÉRITO DE UMA EXPOSIÇÃO COM LIVROS PUBLICADOS POR
ESCRITORAS BRASILEIRAS DO SÉCULO XVIII AO XXI, É, PRINCIPALMENTE,
REVELAR QUE AS MULHERES SEMPRE ESTIVERAM PRESENTES
NAS LETRAS NACIONAIS, APESAR DE TUDO E TODOS!

49 escritoras brasileiras e 71 obras

Teresa Margarida da Silva e Orta – Aventuras de Diófanes (quatro
edições), 1777, 1790, 1818, 1945

Delfina Benigna da Cunha – Poesias oferecidas às Senhoras
Rio-grandenses, 1838

Nísia Floresta Brasileira Augusta – Voyage en Allemagne, 1857

Maria Firmina dos Reis – Úrsula, 1859 (fac-símile, 1975); Parnaso
Maranhense, 1861

Narcisa Amália – Nebulosas, 1872

Presciliana Duarte de Almeida – Rumorejos, 1890; O livro das aves, 1914

Délia (Maria Benedita Câmara Bormann) – Celeste, 1893

Zalina Rolim – O coração: poesias, 1893; Livro das crianças, 1897

Francisca Júlia da Silva – Mármores, 1895

Júlia Lopes de Almeida – Traços e iluminuras, 1887; Memórias de Marta, 1899

Emília Freitas – A rainha do ignoto, 1899

Auta de Souza – Horto, 1900; Horto, 2ª edição, 1910

Amélia Beviláqua – Alcyone, 1902

Carmen Dolores (Emília Moncorvo Bandeira de Melo) – A luta, 1911

Anna Amélia de Queiroz Carneiro de Mendonça – Esperanças, 1911;
A harmonia das coisas e dos seres, 1936

Gilka Machado – Cristais partidos, 1915; Estados de alma, 1917

Albertina Bertha – Exaltação, 1916

Cecília Meireles – Espectros, 1919

Madame Chrysanthème (Cecília Moncorvo Bandeira de Mello Rebello
de Vasconcellos) – Enervadas, 1922; Gritos femininos, 1922

Henriqueta Lisboa – Fogo fátuo, 1925; Celebração dos elementos: água,
ar, fogo, terra, 1977

Ercilia Nogueira Cobra – Virgindade inútil – novela de uma revoltada, 1927
Adalzira Bittencourt – Mal-me-queres..., 1919; Voltou a primavera, 1957

Rachel de Queiroz – O Quinze, 1930

Lúcia Miguel Pereira – Em surdina, 1933

Carolina Nabuco – A sucessora, 1934

Adalgisa Nery – Poemas, 1937

Lygia Fagundes Telles – Porão e sobrado, 1938

Dinah Silveira de Queiroz – Floradas na serra, 1939; A Muralha, 1954

Julieta Bárbara – Dia Garimpo, 1939

Helena Morley (Alice Dayrell Caldeira Brant) – Minha vida de
menina, 1942

Clarice Lispector – Perto do coração selvagem, 1943

Sra. Leandro Dupré (Maria José Dupré) – Éramos seis, 1943

Patrícia Galvão (Pagu) e Geraldo Ferraz – A famosa revista, 1945

Ruth Guimarães – Água funda, 1946

Ondina Ferreira – E ele te dominará..., 1944; Nem rebeldes, nem
éis, 1970

Maria Julieta Drummond de Andrade – A busca, 1946; O valor
da vida, 1982

Lidia Besouchet – Condição de mulher, 1947

Hilda Hilst – Presságio, 1950

Heloneida Studart – A primeira pedra, 1953; Mulher, brinquedo do
homem?, 1969; Mulher, objeto de cama e mesa, 1975

Laís Corrêa de Araújo – O signo e outros poemas, 1955

Maria Lucia Alvim – XX Sonetos, 1959

Carolina Maria de Jesus – Quarto de despejo (Diário de uma
favelada), 1960; Provérbios, 1965

Cora Coralina – Poemas dos becos de Goiás e estórias mais, 1965

Maria Helena Cardoso – Por onde andou meu coração,1967

Adélia Prado – Bagagem, 1976; Solte os cachorros, 1979

Zélia Gattai – Anarquistas graças a Deus, 1979

Ana Cristina César – Cenas de abril, 1979; Luvas de pelica, 1982

Maria José de Queiroz – Joaquina, lha do Tiradentes, 1987

Conceição Evaristo – Cadernos negros nº 14 – Contos “Di Lixão” e
“Maria”, 1991; Ponciá Vicêncio, 2003
exposição A presença feminina na literatura



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