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9/5/2024
CENSURA E LITERATURA INFANTOJUVENIL - ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS DEBATE
Palestrantes e mediadores renomados estarão debatendo e respondendo questões como "Como situar a censura e seus instrumentos seja para o progresso ou o atraso de nossa literatura infantojuvenil?"
Censura e Literatura infantojuvenil na Academia Paulista de Letras - APL
Data: 09 de maio de 2024, das 9h às 17h
Local:auditório da Academia Paulista de Letras - Largo do Arouche, 312 - São Paulo/SP.
Realização: Academia Paulista de Letras
Apoio: Unesp
A censura voltou e vem atingindo a literatura infantojuvenil também. Multiplicam-se os exemplos. Um dos mais prolíficos autores globais, o britânico Roald Dahl foi censurado por usar as palavras “gordo” e “anão”. Na Itália, a obra Chapeuzinho Vermelho, também, pelo ato sexista de levar frutas num cesto à avó. Em Toronto, Canadá, 30 mil livros foram queimados e cinco mil exprobrados. O Pen Club da América publicou dois index sobre o número crescente de livros proibidos nos estabelecimentos escolares: «Banned in the USA: Rising school book bans threaten free expression and students’ First Amendment rights», abril 2022. Pen America, «Banned in the USA: The growing movement to censor books in schools», setembro, 2022.
Entre nós, Monteiro Lobato vem sendo sistematicamente atacado por grupos identitários e tem em seu “As caçadas de Pedrinho” o alvo de todos os anátemas.
Recentemente, deu-se o mesmo com Ana Maria Machado, por mencionar um menino que se engasga com uma fruta; enquanto isso, Ilan Brenman alerta sobre a tendência das editoras de reescrever textos originais de autores consagrados a fim de expurgar termos considerados
“ofensivos”. A tendência de fazer literatura politicamente correta e avaliar as obras a partir de
critérios morais vem crescendo também no Brasil.
Ficam as perguntas: como criar livros para crianças? Como escrever sem medo frente à ditadura das redes digitais? Como ignorar que autores e editores se censuram? Como situar a censura e seus instrumentos seja para o progresso ou o atraso de nossa literatura infantojuvenil? Como discutir a censura na literatura infantojuvenil como parte do amadurecimento
de nossa cidadania? E o mais importante: como ajudar nossas crianças a ler e através do livro,
compreender o mundo?
Para debater junto com o público o que vem acorrendo no Brasil, a Academia Paulista de Letras convidou os mais importantes autores juvenis para um dia de conversas sobre A censura e a literatura infantojuvenil. O evento tem como público alvo professores da rede
pública e privada, escritores, redatores, editores, bibliotecários e livreiros, curiosos em geral.
Programa:
9 de maio de 2024 das 9 às 17 horas:
Abertura com o presidente da Academia Paulista de Letras, Antonio Penteado Mendonça
Palestra com a escritora e membro da Academia Brasileira de Letras, Profª Ana Maria
Machado. Tema: “A importância do professor leitor”
Palestra com os professores Marisa Lajolo, professora titular aposentada da Unicamp e
professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie e José Carlos Sebbe "Lobato para
crianças: censura, apagamento, cancelamento e rasura" Mediação: José Renato Nalini
Pausa para almoço
Palestra com os escritores Pedro Bandeira e Illan Brennan “A censura e a literatura infantojuvenil”. Mediação: Mary del Priore.
Homenagem aos escritores e membros da Academia Paulista de Letras Ruth Rocha e Mauricio de Sousa “O prazer de ler nossa literatura infantojuvenil”. Mediação: Gabriel Chalita.
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