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DISCURSO DE POSSE DO ACADÊMICO LEANDRO KARNAL
Acadêmico: Leandro Karnal
Tenho o coração transbordante de gratidão nesta noite. Recebi mais do que dei. Confiaram em mim além do meu merecimento. Errei e cresci. Tornei-me professor por ter sido aluno. Aos meus formadores minha devotada gratidão.

Discurso de Posse da Cadeira 07 da Academia Paulista de Letras

09 de junho de 2022

As Tramas da Vida
Leandro Karnal

Digníssimo Presidente da Academia Paulista de Letras: Dr. José Renato Nalini
Caras Confreiras e Confrades
Colendas Autoridades
Queridas Amigas e Amigos
Amados Familiares


I

Boa noite! Hoje cumpro o ritual que a pandemia protelou. Chego à data da minha posse, na cadeira de número sete, para a qual fui eleito em abril de 2021. Entre o outono da eleição e o atual, houve muitos acontecimentos. Panta rei, meu velho Heráclito, panta rei... Tudo flui no rio inexorável do tempo.

Quando escolhi estudar José de Anchieta no doutorado, não supunha que sua figura estaria comigo até o simbólico dia 09 de junho de 2022, 425 anos após sua morte. Tudo parece interligado pelas tramas sutis da vida.

Sou historiador. Relembro fatos pretéritos. Minha presença aqui é um ato afetivo de Gabriel Chalita.
Depois da generosa lembrança do meu nome como candidato possível, encontrei-me com o presidente para conhecer mais a instituição. Agradeço a ambos o acolhimento. Sou também devedor dos generosos votos de tantos aqui presentes. Aspiro a conviver com pessoas inteligentes e interessantes. O meu primeiro ano na casa revela-me que o objetivo é válido e possível. Honram-me meus colegas com o carinho e a atenção. Diferente da personagem Blanche DuBois, do Bonde Chamado Desejo(1), não dependo da caridade de estranhos; vivo do afeto de gente conhecida e testada pela vida. Obrigado, confreiras e confrades!

Enuncio outras afinidades eletivas(2), Maria Adelaide Almeida Santos do Amaral: seu nome é quase um verso alexandrino! Ecoam nos meus ouvidos suas generosas palavras. Você é uma força da natureza, uma mulher apaixonante. Hoje, tenho esta honra: chamá-la de amiga. Obrigado! Sua coerência restaura um pouco da minha crença na humanidade.

Maria Adelaide: ouvi, em um alpendre de Higienópolis, seus louvores a Eça de Queiroz. Acompanhar seus elogios no discurso reproduz, dentro de mim, a sensação da Luísa do Primo Basílio: “Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo conduzia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!”(3)

Obrigado, minha querida “Eça do Amaral”! Somos um pouco mais do que o melífluo Basílio ou o devaneio bovarista de Luísa, mas comungamos das palavras que proclamam que “a arte existe porque a vida é insuficiente”!(4) Tudo parece interligado pelas tramas sutis do fio da vida.


II

Sigo no tear imbricado do passado. Sou filho de Clio, a musa da História. A casa que me acolhe surgiu em 1909. Minha cadeira tem por patrono José Bonifácio, o moço, sangue ilustre da família que marcou a independência do Brasil. Foi um talentoso orador abolicionista. Dele temos o primeiro livro de poesias impresso em São Paulo: Rosas e Goivos. Nas palavras iniciais, o autor pergunta, fiel ao gosto romântico: “e o que é o passado senão um sepulcro, e o que é a existência senão um cadáver? Caiam, pois, sobre a lousa, que a esmaga, rosas de um dia, goivos de toda vida”.(5) Sim, caro poeta, o passado é um sepulcro; todavia, o monumento que sobre ele erguemos diz do presente e dos nossos anelos de futuro. Os fatos lembrados são diálogos que reinventam nossa posição no mundo. O passado é um país distante. O passaporte sempre apresenta o rosto do portador.

A sétima cadeira foi iniciada pelo poeta mineiro José de Freitas Guimarães, que acabaria advogando em Santos, terra de origem dos Andradas.

Em 1954, assumiu Nuto Sant’Anna, paulista de Itirapina, historiador biografado pelo nosso brilhante confrade José de Souza Martins.

Pedro Ferraz do Amaral foi o imortal seguinte. Era paulista de Piracicaba e tradutor de Maupassant, Stendhal e Thomas Mann. Compartilhamos eu e Pedro do Amaral o honroso ofício de escrever para o jornal O Estado de São Paulo.

Chego, enfim, à minha antecessora imediata: a paulistana Anna Maria Martins. Coincidência: era bisneta do patrono da cadeira, José Bonifácio, o moço. Anna foi tradutora, escritora admirável de contos e personagem histórica da sociedade quatrocentona. Eu era jovem em São Leopoldo quando li, na biblioteca municipal, um livro de Agatha Christie traduzido por ela. Sem querer, Anna Maria fez algo que, num dia, atrairia meu ser ao lugar que ela ocupava. Tudo parece interligado pelas tramas sutis do fio da vida.

Mulher ousada, livre das f(ô)rmas e formas da sociedade, foi capaz de fazer da sua vida um manifesto a favor da liberdade e da capacidade de amar a quem desejasse. Subscrevo o final do discurso de posse de Anna Maria em 1992, há trinta anos. “Embora ache que o compromisso essencial do escritor é para com a literatura, considero que o intelectual não pode permanecer omisso em relação a fatos que aviltem o ser humano. Ele imprime, para a sua geração e para as posteriores, seu testemunho, sua visão e interpretação de seu tempo. O escritor não pode calar-se. E jamais pode ser calado.”

Ocupo, agora, o lugar dela nesta casa. É cátedra tomada pela alta estirpe dos que me precederam. Clamo que nos desafiemos contra a mediocridade polarizada que abala nossa civilidade, afrontando, inclusive, a noção de Estado Democrático de Direito. A Academia Paulista de Letras sempre foi e sempre será uma resistência ao arbítrio e aos devaneios de celerados autoritários. Repito a bela ideia de Anna Maria: “O escritor não pode calar-se. E jamais pode ser calado.” Vivemos dias aziagos.

Sou precedido por gigantes e aninho-me em seus ombros, na ambição de novos horizontes. Ainda me sinto desolado pela perda recente da imensa Lygia Fagundes Telles, com quem compartilhei um único momento ao vivo e centenas de horas como leitor apaixonado.

Estou animado pela renovação recente desta instituição que incorpora mais mulheres e quebra paradigmas. Para minha alegria especial, elegemos Djamila Ribeiro como digníssima sucessora de Lygia. Lembro que, sob este teto, temos lugar para ouvir “Rosas e Goivos” e, igualmente, um belo poema da saudosa acadêmica Renata Pallottini intitulado “LGBT”. Viva a tolerância ativa, apanágio da democracia!


III

O passado é meu ofício. Invoco meus pais, Renato e Jacyr. Estariam aqui, orgulhosos, se o tempo não ceifasse aos bons com ânsia voraz. Venho de um lar amoroso que estimulou a leitura: esta foi e sempre será minha herança mais sólida. Meus amados irmãos Rose, Renato e César: seguimos uma tradição muito afetiva que passa, agora, aos netos.

Querido pai, dr. Renato Karnal: obrigado pela primeira lição de latim e de francês, pelas indicações da língua portuguesa e pelo amor que, como Santo Agostinho recomendava, teve como medida a inexistência do limite. Meu português, querido pai, ainda claudica na prosódia e na análise sintática. Paciência! Preciso estudar mais! Porém, prometo-lhe: enquanto a minha língua existir e articular-se, eu louvarei o amor que recebi e o respeito ao saber.

Um agradecimento aos professores que me formaram. Relembro as primeiras mestras no Colégio São José. Eu sou fruto da dedicação de educadores extraordinários. Querem um exemplo da aposta no futuro que implica ensinar? Estou aqui porque a doutora Janice Theodoro acolheu-me e orientou-me na USP. Eu sou fruto da esperança de muitos.

Louvo meus mestres jesuítas, os quais deixaram um sulco fundo na minha alma. As aspirações inacianas reforçaram minha energia racional e retórica. Relembro a profecia de Daniel: aqueles que ensinam para a justiça brilharão como as estrelas do céu.(6)

Tenho o coração transbordante de gratidão nesta noite. Recebi mais do que dei. Confiaram em mim além do meu merecimento. Errei e cresci. Tornei-me professor por ter sido aluno. Aos meus formadores minha devotada gratidão.

Lembro-me de intermináveis pesquisas em arquivos no México e em Sevilha; em Paris e no Brasil. Os documentos emocionavam-me até o ponto de chorar. Quando jovem, as lágrimas eram de prazer epistemológico; depois, passaram a ser por causa da rinite excitada pela poeira das caixas.

Fui feliz nas três universidades que me marcaram. A UNISINOS foi minha alma mater. A USP foi porta de um novo mundo. Sou particularmente grato aos alunos e colegas da UNICAMP, onde trabalhei por quase 25 anos. Aprendi muito e tive alguns dos melhores momentos da minha existência lá, em Barão Geraldo.

Como expressar a gratidão aos meus milhares de alunos? Alguns estão aqui hoje, tornados mestres e doutores. Dei aula por quarenta anos. O giz entrou nas minhas moléculas. A sala de aula definiu-me. Emociono-me quando reencontro alguém que evoca a palavra mágica: professor!


IV

Falei de pessoas. Chego ao lugar.
São Paulo, “comoção da minha vida”(7), que me trouxe títulos, carreira, fama, amigos e um grande amor. No Planalto de Piratininga, publiquei meu primeiro livro. Li, certa feita, que encontramos um lar de verdade quando não conseguimos mais mudar de endereço. Fiz da “pauliceia desvairada” meu refúgio. Aqui vivo e aqui gostaria de acompanhar o inverno da minha biografia. Amo esta urbe desde o primeiro instante. Nunca me esquecerei das minhas origens meridionais, todavia não desejo estar em outro lugar. Minha casa é São Paulo, a cidade dos diálogos tensos, a taba indígena, a vila bandeirante, o burgo de estudantes, a metrópole do café, a cidade fabril e o universo cosmopolita atual. Aqui estamos, senhoras e senhores, na nossa cidade, em ambiente refinado e, logo mais, abriremos caminho no meio do Arouche, entre pessoas em situação de rua. A cidade em que vivemos, definitivamente, não é fácil e nem sempre é justa.

O sonho do jovem estudante Anchieta reúne um generoso estuário. Aqui os filhos do cacique Tibiriçá tomavam águas – então confiáveis – do Tamanduateí e do Tietê. Aos hídricos e sonoros topônimos indígenas sobrevieram fluxos do Tejo e do Tibre, algo do Reno, muito do Congo, ondas nipônicas, águas do Titicaca e, sempre, a presença generosa e produtiva dos imigrantes de todo país, especialmente dos nordestinos. O palimpsesto de Andrade é arte-processo que se enriquece com cada nova contribuição. Que a força de São Paulo seja argumento definitivo contra todo racismo!

É divertido citar uma ideia de Roberto Pompeu de Toledo(8): o Rio de Janeiro usa a música “Cidade Maravilhosa” para um autoelogio; São Paulo tornou seu hino informal uma lembrança do risco do atraso: “Não posso ficar nem mais um minuto com você.” Que abismo! Dois belos mundos distintos para além da bolacha e do biscoito. Podemos até citar, para quebrar a sisudez, nosso querido José Simão. Diz ele que “o paulistano tira férias para estressar o Brasil.” Que diferenças! Uns contemplando o esplendor da Guanabara; outros mirando seu relógio em busca do trem que sai agora às onze horas... Non ducor duco,(9) dizemos, altaneiros. “Ninguém manda em mim, a não ser... o meu relógio...” O trem para o Jaçanã é nosso eterno retorno.

Falei do passado e do lugar. Apontei a graça de certos humores de identidade regional. Chego ao meu presente de exposição pública. Os riscos são grandes. A fama tem um pouco da fórmula da Teoria do Medalhão, de Machado de Assis(10). O sucesso pode ser uma gramática desafiadora. A notoriedade ganha sua própria dinâmica e tende a negar oxigênio quando o incauto deslumbrado supõe estar nas alturas. As redes sociais são o Sol que queima a cera de todo Ícaro ousado.

Desejo beber a ideia, lacaniana avant la lettre, de Rimbaud : “Eu é um outro”(11). São Paulo gestou muitos sonhos que eu embalava em silêncio. Conjuguei, no Aleph(12) paulistano, a alquimia dos meus contrários. Enfim, amo São Paulo por ter amparado minha metamorfose consciente e inconsciente. Amo como amálmaga. “É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi”(13). Sim, Sampa, “foste um difícil começo”. Minha amada cidade é esfinge que decifra e devora.


V

Falei de passado e do presente. Arrisco-me, enfim, no campo cediço do futuro. Vamos à ficção profética. Num dia, talvez, alguém subirá a esta tribuna e falará do acadêmico Leandro Karnal, recentemente falecido. Tecerá os esperados louvores entretecidos com brocados de retórica. Suponho que apanhará, nos “campos de centeio”(14) dos meus escassos méritos, frases a esmo e episódios anedóticos. Minha memória será burilada como preconiza o costume acadêmico. Assim, começará uma nova carreira a partir de um ocaso. “Tudo tem seu tempo. Há um momento oportuno para cada coisa debaixo do céu”, diz Salomão(15). É natural: o amanhecer só é possível quando a noite perde a batalha para a jovem luz. Trata-se da ordem natural das coisas. Tudo tem seu tempo e sua hora.

Suponho – ou meu narciso devaneia – que meu nome será evocado em solenidade similar a que vivemos agora. A genealogia da sétima cadeira terá avançado uma casa. O novo ator do xadrez acadêmico celebrará as peças que já saíram do embate. O jogo segue, sempre. Torre, bispo, cavalo e rainha vão todos para a mesma caixa dos peões.

Queria assumir o posto de oráculo e afirmar: ao chamado da minha sucessora ou sucessor, de alguma forma, exercerei a imortalidade dizendo PRESENTE! Sim, prometo que, como as bruxas de Macbeth, farei advertências sobre os riscos e possibilidades das ambições.

Desejo fazer eco aos versos de Drummond: “De tudo fica um pouco, um pouco do teu medo, do teu asco, dos gritos gagos”. Seguindo o poeta de Itabira, “se de tudo fica um pouco, por que não ficaria um pouco de mim?”(16)

Quando a pessoa que estiver aqui evocar do fundo do Tártaro minha memória evanescente, murmurarei, sutil, e com voz etérea, usando as palavras de alguém mais capaz, Paulo Bonfim, ao tomar posse nesta casa no ano do meu nascimento, 1963:

Aqui, em campos de Arouche,
Nossa fé e nossa causa,
Nossa luta e nosso sangue,
Nossa paz e nossa guerra,
Nosso chão, nosso amanhã,
Nosso amor e nossa luz,
Respondem numa só voz:
- Presente, sempre presente!(17)

Não encerro com a voz de Paulo Bonfim. Evoco o santo do dia, José de Anchieta. Como eu, ele veio de longe e amou esta terra. O canarino viu-a nascer; eu a vejo plena e madura. O poeta e catequista estava refém em uma guerra colonial. Cercado de riscos, em 1563, louva a Virgem Maria nas areias de Iperoig. Em latim, celebra seu desejo, que hoje traduzo de forma livre e compartilho:

Embaixo deste céu que é morada de todos, viver e morrer com prazer, este é o meu grande desejo.(18)


VI

Sinto-me tomado pela bruma intensa que Rolland evocou a Freud como “sentimento oceânico”(19): dissolução em um mundo sem bordas ou limites. Muitas urdiduras e fios desconexos que, aqui, do alto da tribuna, parecem fazer sentido agora, olhando para este grupo. Vocês são toda a minha vida em quase 60 anos. Eis minha biografia diante de mim!

Cheguei, com uma mala de livros e muitos sonhos, ao terminal rodoviário Tietê. Lutei e cresci, ao ponto de ter meu Universo Karnal. Cruzei o Rubicão incontáveis vezes.

Posso desejar mais? Sim! Desejo meus amigos! Desejo estar aqui com vocês. Uma conquista usufruída de forma solitária é a terra devastada de T. S. Eliot. Um sistema povoado de afetos é a visão final de Dante pois, aqui, desfruto com vocês do “amor que move o Sol e as outras estrelas”(20).

Obrigado a São Paulo! Obrigado a esta casa que me acolhe! Obrigado a todos que aqui vêm. Não temo a morte porque amo muito a vida. Sou imortal hoje no pleno sentido da palavra: vivo no coração dos que me contemplam agora. Sou feliz entre vocês! Sou para sempre aqui. Como escreveu o patrono da cadeira: "e? certo que vos amo e basta(21)".

Volto ao poeta Anchieta: viver e morrer com prazer em meio a tantos fios densos e essenciais. Obrigado, meus queridos aqui presentes! Consegui amar. Estou feliz! Tudo parece interligado pelas tramas sutis da vida. Penélope pode descansar da lida infinda. Retornei a Ítaca. Finalmente estou em casa!

Muito Obrigado!


Notas de rodapé:
1. Tennessee Williams. 1947: A streetcar named desire. A frase icônica é: Whoever you are—I have always depended on the kindness of strangers.

2. A expressão consagra uma ideia do romance de Goethe, 1809. Um casal, Eduard e Charlotte, vive aventuras amorosas (Die Wahlverwandtschaften): As Afinidades eletivas.

3. O Primo Basílio. 1878. O trecho foi também recitado por Arnaldo Antunes na música Amor, I love you.

4. Uma ideia com Geist de Nietzsche, pensada novamente por Fernando Pessoa e relida por Ferreira Gullar.

5. J. B. de Andrada e Silva. Rosas e Goivos. São Paulo: Typographia Liberal, 1849. p. 3: Duas Palavras.

6. Adaptado de Daniel 12,3.

7. Mário de Andrade: Pauliceia Desvairada. Verso inicial: Inspiração.

8. A Capital da Solidão. São Paulo: Editora Objetiva, 2003.

9. Não sou conduzido, conduzo. O lema do brasão da cidade de são Paulo, concebido por Guilherme de Almeida e José Wasth Rodrigues, oficializado em 1917.

10. Conto de Machado publicado em 1881. Trata dos conselhos de um pai para o filho. Este completava 21 anos.

11. Carta a Georges Izambard. 13/05/1871. RIMBAUD, Arthur. Corresponde?ncia. trad. Ivo Barroso. Rio de Janeiro: Topbooks, 2009.

12. Referência ao conto de J. L. Borges: El Aleph. 1949. Haveria um ponto a partir do qual eu poderia ver tudo.

13. Letra da música Sampa, de Caetano Veloso, 1978.
Referência ao livro de J. D. Sallinger: The Catcher in the Rye. Halden Caulfield vive um adolescente revoltado e angustiado.

14. Eclesiastes 3,1.

15. Tradução da CNBB.

16. Poema Resíduo, de Carlos Drummond de Andrade. Antologia Poética. São Paulo: Record. 2022. p. 305-307.

17. Site da APL, acessado em 29 de maio de 2022. http://www.academiapaulistadeletras.org.br/discursos.asp?materia=1009

18. His mihi sub tectis erit, his in sedibus omnes Vivere dulce dies, hic mihi dulce mori! Um purista da língua de Cícero dirá que leio "omnes" como genitivo, mas ele está com "dies", como acusativo plural, objeto direto de "vivere", usado transitivamente. Meu objetivo era recriar a ideia de Anchieta, no Poema da Bem-Aventurada Virgem Maria, de que somos todos parte de um todo que vive sob o teto do mundo.

19. Carta de 5 de dezembro de 1927: Mais j'aurais aimé à vous voir faire l'analyse du sentiment religieux spontané ou, plus exactement, de la sensation religieuse qui est...le fait simple et direct de la sensation de l'Eternel (qui peut très bien n'être pas éternel, mais simplement sans bornes perceptibles, et comme océanique)

20. Verso final da Divina Comédia de Dante Alighieri: L'amor che move il sole e l'altre stelle.

21. Rosas e Goivos, op. cit. p. 3.

22. Agradeço ao professor Diogo Arrais a revisão final do texto.





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