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Acadêmico: Maria Adelaide Amaral QUERIDAS CONFREIRAS E QUERIDOS CONFRADES, É UMA
HONRA E UM PRIVILÉGIO ESTAR AQUI, NOS “CAMPOS DE
AROUCHE, NOSSA FÉ E NOSSA CAUSA, NOSSA PAZ E NOSSA
GUERRA, NOSSO AMOR E NOSSA LUZ”, COMO DISSE PAULO
BOMFIM, AO ASSUMIR A CADEIRA 35.
SENHORAS E SENHORAS, É COM GRANDE ALEGRIA QUE HOJE ASSUMO A CADEIRA QUE FOI DE PAULO BOMFIM. QUERIDAS CONFREIRAS E QUERIDOS CONFRADES, É UMA HONRA E UM PRIVILÉGIO ESTAR AQUI, NOS “CAMPOS DE AROUCHE, NOSSA FÉ E NOSSA CAUSA, NOSSA PAZ E NOSSA GUERRA, NOSSO AMOR E NOSSA LUZ”, COMO DISSE PAULO BOMFIM, AO ASSUMIR A CADEIRA 35. CINCO VIDAS ME PRECEDEM NA CADEIRA QUE ASSUMO. SEU PATRONO É ANTÔNIO DE GODOY, TÃO LONGÍNQUO E TÃO PRÓXIMO COM AS CRÔNICAS DE EGAS MUNIZ, UM EXEMPLO DE DIGNIDADE, E PERSONAGEM ADMIRÁVEL DA MINHA INFÂNCIA LUSÍADA. O FUNDADOR DA CADEIRA 35 É JOSÉ VICENTE SOBRINHO, AUTOR DE CONTOS E FANTASIAS, QUE SERIA SUCEDIDO POR UM ENGENHEIRO DE VARIADOS TALENTOS: JOSÉ PEDRO DA VEIGA MIRANDA, POETA BAIRONIANO, QUE CHEGOU A SER MINISTRO DA MARINHA. O ILUSTRE PLÍNIO AYROSA, TAMBÉM ERA ENGENHEIRO, CONTUDO PASSOU À HISTÓRIA COMO LINGÜISTA E ARQUEÓLOGO DA CULTURA INDÍGENA. MAS É QUINTO CAVALEIRO IMORTAL QUE HOJE ME RECEBE COM SEU SORRISO DE MENINO. ELE, QUE AMOU INTENSAMENTE AS MULHERES E FOI UM PRÍNCIPE NO TRATO COM OS AMIGOS. ELE, PAULO BOMFIM, O BARDO QUE “MORRIA DE CADA VERSO, PARA RENASCER NO VERSO SEGUINTE”. A CHAMA QUE PERMEOU SUAS PAIXÕES E SUA POESIA PERMANECEU ACESA ATÉ O FIM DE SUA VIDA. ELE, QUE ERA “TRANSPARÊNCIA E MISTÉRIO”. ELE, PAULO BOMFIM, QUE POR SUA VONTADE ME TROUXE AQUI! A EXEMPLO DELE, EU ACREDITO NA FORÇA DO VERBO, NA AÇÃO TRANSFORMADORA DA PALAVRA ESCRITA E FALADA, A SERVIÇO DA CULTURA E DA LIBERDADE. “ESCREVER É A ARTE DE CONSTRUIR ESPELHOS E ILUMINAR AS TREVAS”. É A ARTE DE REVELAR E CELEBRAR PAIXÕES. É A ARTE DE REPRODUZIR REALIDADES E TRANSFIGURÁ-LAS. É A ARTE DE PRODUZIR EMPATIA, REVOLTA E COMPAIXÃO. ESCREVER É A ARTE DE RESISTIR! “UM RÉQUIEM PARA OS MÁRTIRES DE TODAS AS CAUSAS/ PARA A INOCÊNCIA DOS QUE A PERDERAM/ PARA A ESPERANÇA QUE TANTAS VEZES SE EVADE! / PARA OS BICHOS TRESPASSADOS/ PARA AS ÁRVORES ABATIDAS”, ESCREVEU PAULO BOMFIM UMA CANÇÃO DE AMOR PARA ESTA INSÓLITA METRÓPOLE, SEMPRE PROVISÓRIA, SEM PLANO URBANÍSTICO PREESTABELECIDO, CRESCENDO AO CAPRICHO DAS URGÊNCIAS DO MOMENTO. MAS É POR ELA QUE CAMINHO, COMO CAMINHOU PAULO BOMFIM, BOÊMIO ADOLESCENTE DE CHAPÉU DESABADO, OUVINDO “O BATER DE ESTACAS NOS TERRENOS MORTOS/ O PRÉDIO QUE SUBIA APAGANDO A HISTÓRIA DA CIDADE”. MAS JAMAIS SUA MEMÓRIA. POR ENTRE A POEIRA E AS CINZAS, O POETA VISLUMBRAVA ENTRELAÇADOS O PRESENTE E O PASSADO. O HOMEM E O MENINO SEGUIAM JUNTOS PELA RUA MAJOR SERTÓRIO, PARAVAM EM FRENTE À SAUDOSA BIBLIOTECA INFANTIL, ONDE O POETA ENSAIOU VOAR UM DIA. NA RUA REGO FREITAS, ONDE VIVEU AS PRIMEIRAS DÉCADAS DE VIDA, DESCORTINAVA A SUA INFÂNCIA À LUZ DOS LAMPIÕES A GÁS E AO SOM DO PIANO DE SUA TIA. NO TEMPO EM QUE A NOITE ERA UMA CRIANÇA EDUCADA, A CIDADE INTEIRA LHE PERTENCIA. NA PRAÇA JÚLIO DE MESQUITA, SAUDAVA OS NOTÍVAGOS QUE SAÍAM DO MORAES. NA RUA VITÓRIA, AS MÚSICAS DAS BALALAICAS DO RIALTO CHORAVAM LEMBRANÇAS DE UMA RÚSSIA DESAPARECIDA. NO BOM RETIRO, A RUA JOSÉ PAULINO ERA UMA FATIA DE ISRAEL ADORMECIDA. NO BAR AMADOR, UMA VITROLA TOCAVA UM TANGO DE GARDEL. ALI, UMA PROSTITUTA LHE CONTOU QUE TINHA UMA FILHA EM SANTOS, ESTUDANDO NUM COLÉGIO DE FREIRAS. A MENINA VIRIA A SÃO PAULO E PERGUNTOU AO POETA SE PODERIA ACOMPANHÁ-LAS NO DIA SEGUINTE. ERA IMPORTANTE QUE FILHA SOUBESSE QUE SUA MÃE TINHA AMIGOS DECENTES E DISTINTOS. E FOI ASSIM QUE UMA MENINA DE UNIFORME AZUL, UMA MULHER DISCRETAMENTE VESTIDA E UM JOVEM POETA MERGULHARAM NA FANTASIA DO PARQUE SHANGAI, QUE FICAVA NO GLICÉRIO, EM FRENTE AO CINE ITAPURA. NÃO SEI SE O POETA VIU A TRISTE DETERIORAÇÃO DA BAIXADA DO GLICÉRIO, MAS CERTAMENTE ASSISTIU À DECADÊNCIA DA RUA BARÃO ITAPETININGA: A RUA DA LIVRARIA BRASILIENSE, DO ESCRITÓRIO DE GUILHERME DE ALMEIDA NO PRÉDIO DA CONFEITARIA VIENENSE, ONDE AS VALSAS SILENCIARAM HÁ MUITO TEMPO. NADA TAMBÉM RESTOU DO ESPLENDOR DA RUA MARCONI, DAS LIVRARIAS TEIXEIRA E JARAGUÁ, DO CHÁ DO MAPPIN, DE TODOS OS BARES E CONFEITARIAS DO CENTRO NOVO DA CIDADE. EM SUAS JORNADAS, PORÉM, NOSSO CAMINHEIRO CONTINUOU REVISITANDO O CLUBINHO DOS ARTISTAS, ONDE CONVERSAVA COM REBOLO, RIA COM LUIS MARTINS E CLÓVIS GRACIANO. VISITAVA JOSÉ GERALDO VIEIRA E MARIA DE LOURDES TEIXEIRA. ENCONTRAVA YOLANDA E CICCILO NO MUSEU DE ARTE MODERNA RECÉMINAUGURADO E TOMAVA UM CAFÉ COM CHATEAUBRIAND, QUE LHE FALAVA ENTUSIASMADO DAS NOVAS AQUISIÇÕES DO MASP. NA GALERIA CALIFÓRNIA, PARAVA NA VITRINE DA LIVRARIA KOSMOS E, SE TIVESSE TEMPO, PASSARIA NA LIVRARIA FRANCESA PARA VER AS NOVIDADES. ENTÃO, ELE ENTRAVA NO No. 262 DA RUA BARÃO DE ITAPETININGA, SORRIA ÀS NORMALISTAS EM FLOR NA CONFEITARIA VIENENSE E OUVIA O TRIO DE CORDAS TOCAR “VOZES DA PRIMAVERA”, NOVAMENTE. FOI NO SEGUNDO ANDAR DESSE PRÉDIO QUE, NOS FIM DOS ANOS 50, VI PAULO BOMFIM ENTRANDO NO ESCRITÓRIO DE GUILHERME DE ALMEIDA, QUE FICAVA AO LADO DA OFICINA DE JÓIAS DEMEU PAI. EU OLHAVA ENCANTADA PARA AQUELE HOMEM ALTO, BONITO E AFÁVEL, E SONHAVA EM FAZER PARTE DO SEU MUNDO. O MUNDO DA POESIA E DA DELICADEZA DE GUILHERME, PAULO E BABY DE ALMEIDA. COMO O POETA, AMAVA A INSÓLITA METRÓPOLE. TÍNHAMOS TANTO EM COMUM E ELE AINDA NÃO SABIA. MUITOS ANOS SE PASSARAM ATÉ EU LHE CONTAR QUE SÃO PAULO ACOLHERA A MIM E À MINHA FAMÍLIA, EM DEZEMBRO DE 1954. E QUE A VIZINHANÇA BATEU À PORTA E NOS OFERECEU IGUARIAS ITALIANAS. ERA VÉSPERA DE NATAL E , EM MEIO A CAIXAS E BAÚS, NÓS TÍNHAMOS ESQUECIDO.. NA MOOCA, OFERECER QUITUTES AOS VIZINHOS ERA UMA FORMA DE SOLIDARIEDADE E GENTILEZA. MEUS PRIMEIROS PASSOS EM SÃO PAULO FORAM DADOS NUM PEDAÇO DA ITÁLIA. NA MOOCA DA IGREJA DE SAN GENARO, DO COLÉGIO ESTADUAL ANTONIO FIRMINO DE PROENÇA, DO CINE ROMA, CINE SANTO ANTÔNIO, CINE ICARAÍ, DOS FILMES MEXICANOS E DO NEOREALISMO ITALIANO, DAS COMÉDIAS DA ATLÂNTICA E DOS MUSICAIS AMERICANOS. NA RUA CORONEL BENTO PIRES, DALVA DE OLIVEIRA E TRIO LOS PANCHOS CONVIVIAM COM A CORTINA LÍRICA E A MENSAGEM MUSICAL DA ITÁLIA. AS NOVELAS DA RÁDIO SÃO PAULO E OS AGUDOS DA SOPRANO DIVA ALLEGRUCCI SE HARMONIZAVAM COM A VOZ DE CONTRALTO DE DONA CARMEM, CANTANDO ÚLTIMO DESEJO. NA MOOCA VERDI E NOEL ROSA ANDAVAM DE BRAÇOS DADOS. A INSÓLITA METRÓPOLE FOI A RAZÃO ME APROXIMOU DE PAULO BOMFIM. O ANO ERA 2003. EU TRABALHAVA, COM ALCIDES NOGUEIRA, EM UMA MINISSÉRIE SOBRE OS 450 ANOS DE SÃO PAULO. CONTARÍAMOS A HISTÓRIA CULTURAL DA CIDADE, DA SEMANA DE 22 À SEGUNDA BIENAL, ATRAVÉS DA SAGA DOS SEUS PROTAGONISTAS: TARSILA, MÁRIO, OSWALD, PAGU, ANITA, YOLANDA E CICCILO, PAULO PRADO, OLIVIA GUEDES PENTEADO, CHATEAUBRIAND, ARTISTAS, ESCRITORES, PERSONAGENS SOBRE OS QUAIS PAULO BOMFIM FALAVA COM AFETO E FAMILIARIDADE. A SÉRIE SE CHAMOU UM SÓ CORAÇÃO E O TÍTULO FOI DADO POR ELE. SOMOS MUITOS E MUITOS DIVERSOS, MAS UNIDOS EM UM SÓ CORAÇÃO. O VERDADEIRO ENCONTRO É AQUELE QUE CONFIRMA ALGUMA COISA QUE TRAZEMOS EM NÓS. EU ME RECONHECIA NA INDEPENDÊNCIA E LIBERDADE DO POETA, QUE ACOLHIA O VELHO E O NOVO, O POPULAR E O ERUDITO, A VANGUARDA E A TRADIÇÃO. NO APARTAMENTO DE PAULO E EMY BONFIM NA AVENIDA IPIRANGA, O JOVEM JORGE MAUTNER LIA OS ORIGINAIS DE DEUS DA CHUVA E DA MORTE PARA YVES GRANDRA E IBRAHIM NOBRE. NAS CASAS DO POETA, TODOS OS PENSAMENTOS E IDÉIAS CONVIVIAM HARMONIOSAMENTE. AS PORTAS DA HISTÓRICA GALERIA ATRIUM ESTAVAM ABERTAS PARA ARTISTAS E OBRAS DE TODAS AS TENDÊNCIAS. A RUA SÃO LUIS TREMEU QUANDO A GALERIA PROMOVEU O PRIMEIRO HAPPENING NOS ANOS 60. MAS LOGO A EFERVESCÊNCIA CULTURAL SERIA INTERROMPIDA PELO AI5, PELA CENSURA E OSTENSIVA REPRESSÃO ÀS ARTES E ARTISTAS, AOS LIVROS E ESPETÁCULOS. “A LIBERDADE OFENDE PESSOAS E REGIMES. UM HOMEM VERDADEIRAMENTE LIVRE É UMA AMEAÇA CÓSMICA”, ESCREVEU O POETA EM INSÓLITA METRÓPOLE! AO PREPARAR ESTA ORAÇÃO DE POSSE, FIQUEI ESTUPEFACTA COM A ATUALIDADE DE PAULO BOMFIM! “NESTE MOMENTO DE ANGÚSTIA, A PALAVRA E O LIVRO SÃO AS ÚNICAS TÁBUAS POSSÍVEIS DE RESISTIR AO NAUFRÁGIO”, ELE DISSE. “EU ACREDITO NA PALAVRA, FIZ DELA MEU OFÍCIO E MINHA VIDA” , AFIRMOU O POETA QUE ME TROUXE AQUI. EU TAMBÉM FIZ DA PALAVRA MEU OFÍCIO E MINHA VIDA. DEPOIS DE INCURSÕES MEDÍOCRES PELA POESIA, ENCONTREI MEU CAMINHO NO TEATRO, EM 1974, NA MAIS IMPORTANTE DAS MINHAS ESCOLAS, QUE FOI A DIVISÃO CULTURAL, DA EDITORA ABRIL. TRABALHAVA NA ÉPOCA NUMA COLEÇÃO CHAMADA “TEATRO VIVO”. NAQUELE TEMPO DE ANGÚSTIA, A PALAVRA ERA MINHA FORMA DE LUTAR CONTRA O ARBÍTRIO. NÃO POR ACASO MINHA PRIMEIRA PEÇA SE CHAMOU A RESISTÊNCIA. RESISTIR É PRECISO. HOJE COMO ONTEM. É PRECISO RESISTIR TODA VEZ QUE NOS DEFRONTAMOS COM A INTOLERÂNCIA, O PRECONCEITO, A PREPOTÊNCIA E A BOÇALIDADE. FOI ASSIM QUANDO OS HOMENS DE GETÚLIO VARGAS TOMARAM SÃO PAULO ANTES E DEPOIS DA REVOLUÇÃO DE 1932. FOI ASSIM TODA VEZ QUE UM REGIME DE FORÇA DE IMPÔS OU TENTOU SE IMPÔR! NÃO É A PRIMEIRA VEZ QUE NOS DEFRONTAMOS COM A EXIBIÇÃO DESPUDORADA DE ARROGÂNCIA E IGNORÂNCIA, COM O DESPREZO PELA HISTÓRIA E PELA CIÊNCIA E TODO TIPO DE SABER QUE LEVA O SER HUMANO A REFLETIR. NÃO É PRIMEIRA VEZ QUE ELES TENTAM NOS INTIMIDAR E IMPINGIR SEUS MANDAMENTOS DE ÓDIO E SEUS CÓDIGOS DE CONDUTA. EM 64, RIMOS DA APREENSÃO DE A CAPITAL DE EÇA DE QUEIROZ, RIDICULAMENTE CONFUNDIDA COM O CAPITAL DE MARX. E DE O VERMELHO E O NEGRO DE STENDHAL IR PARA A FOGUEIRA POR SER CONSIDERADA UMA OBRA COMUNISTA. MAS NÃO ERA E NEM É PARA RIR. A REPRESSÃO NUNCA TEVE MEDO DO RIDÍCULO. ELA TEM A SEU LADO A FORÇA E UMA MASSA DE SEGUIDORES CEGOS E ORGULHOSOS DE SEU OBSCURANTISMO. QUANDO UM LIVRO É JOGADO À FOGUEIRA SOMOS NÓS QUE QUEIMAMOS. QUANDO A MORDAÇA NOS É IMPOSTA, TODOS NÓS SOMOS SILENCIADOS. NÃO NOS ILUDAMOS. O OLIMPO NÃO É UM LUGAR SEGURO, NEM PARA OS DEUSES. O REFÚGIO MAIS SEGURO SÃO OS PRINCÍPIOS PELOS QUAIS É NECESSÁRIO LUTAR E OS DIREITOS FUNDAMENTAIS QUE PRECISAMOS DEFENDER EM NOSSO NOME E DA COLETIVIDADE DE QUE SOMOS PARTE. EM NOME DOS NOSSOS FILHOS E NETOS E AS GERAÇÕES QUE VIRÃO DEPOIS DELES. “NENHUM HOMEM É UMA ILHA” POR MAIS QUE AME A SOLIDÃO. SEMPRE GOSTEI DA EPÍGRAFE DE POR QUE OS SINOS DOBRAM, DE ERNEST HEMINGWAY E AINDA FICO PENSANDO NAS SUAS VARIAÇÕES: A MORTE DE UM SER HUMANO ME DIMINUI, BEM COMO SUA DESGRAÇA. BENDITOS LIVROS QUE DESENVOLVERAM MINHA CAPACIDADE DE EMPATIA E ENSINARAM A ME COLOCAR NO LUGAR DO OUTRO. SÓ ASSIM É POSSÍVEL ESCREVER UMA OBRA DE FICÇÃO OU UMA PEÇA DE TEATRO CAPAZ DE EMOCIONAR O PÚBLICO LEITOR OUESPECTADOR. HÁ VERSOS E FRASES DE PAULO BOMFIM QUE PASSAM DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO E CONTINUAM MAIS VIVAS QUE NUNCA. “POBRE DO HOMEM SE DEIXA ENVILECER POR PROMESSAS DE ORDEM E FELICIDADE” , DISSE O POETA. NINGUÉM MAIS QUE ELE SABIA QUE A ORDEM PRECISA DO OXIGÊNIO DA TOLERÂNCIA E DA LIBERDADE PARA EXISTIR. “HÁ ÉPOCAS EM QUE NÃO OUSAMOS SONHAR, MAS A INDIFERENÇA NÃO É UMA OPÇÃO”. “INÚTIL FAZER PERGUNTAS. AS RESPOSTAS SOMOS NÓS! NÃO SEJAMOS ALHEIOS! FAÇAMOS DE NÓS BANDEIRAS INCONFORMADAS”, PROCLAMOU PAULO BOMFIM. “O POETA É UM ARAUTO DO SONHO QUE TEM”. AMAR, TRABALHAR E SE REVOLTAR SÃO FORMAS DE ORAÇÕES À VIDA E A PALAVRA A ARMA MAIS CONTUNDENTE PARA RESISTIR! QUERIDO NALINI, QUERIDO NICO, QUERIDOS CONFRADES E CONFREIRAS: OBRIGADA POR ACOLHEREM ESTA PORTUGUESA DO DISTRITO DO PORTO, PAULISTA DA MOOCA, DO IPIRANGA, DE PINHEIROS E DA VILA OLÍMPIA, QUANDO O BAIRRO AINDA ERA CHAMADO DE ITAIM-BIBI. OBRIGADA POR RECEBEREM ESTA PAULISTA DA VILA BEATRIZ, DO SUMAREZINHO, DA LAPA DEBAIXO E DO CENTRO DA CIDADE, ONDE ALGUNS RECORTES DE BELEZA AINDA SÃO VISÍVEIS. COMO O POETA, EU TAMBÉM TRANSFIGURO O CENÁRIO MELANCÓLICO COM A MINHA NOSTALGIA. E, COMO ELE, SUSPEITO QUE UMA PARTE DA MINHA CONSCIÊNCIA GENÉTICA SEJA PAULISTA. MINHA GRATIDÃO ETERNA A SÃO PAULO, CIDADE QUE ME FORMOU, ONDE PLANTEI MINHAS RAÍZES, NASCERAM MEUS FILHOS E NETOS, ONDE ME TORNEI ESCRIBA E FIZ TANTOS E QUERIDOS AMIGOS! MINHA ETERNA GRATIDÃO A PAULO BOMFIM! MARIA ADELAIDE AMARAL voltar |
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