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VOCÊ QUER VIDA OU MORTE?
Acadêmico: José Renato Nalini
A questão ambiental é da maior relevância, temos compromisso com as futuras gerações

Você quer vida ou morte?
Todos vão morrer. Não é preciso ninguém lembrar isso. Da morte não fugiremos. Entretanto, enquanto se vive, quer-se prolongar a vida. É natural. O instinto de autopreservação é um dos mais fortes em qualquer ser vivo. Por isso é que neste 2022 tão emblemático, os seres conscientes precisam pensar seriamente no prolongamento da vida neste sofrido planeta. Vida humana, primeiramente. Mas qualquer espécie de vida, pois todas elas correm grave risco de desaparecer, se a humanidade continuar na sanha insana e assassina de acabar com o ambiente.

Agosto foi o mês tétrico para a Amazônia. A maior destruição já registrada. É surreal que o Brasil tenha optado por exterminar o futuro. Mas parece que isso ocorreu e que não há mais possibilidade de reversão.

Aqueles que ainda não se convenceram precisam conhecer melhor a extensão da tragédia. A questão ambiental é tema da maior relevância. Cuida-se de preservar ou eliminar qualquer modalidade de vida no planeta. Interessa a todos nós. E nós temos um compromisso muito sério em relação às futuras gerações. O artigo 225 da Constituição da República nos torna responsáveis por aqueles que ainda não nasceram. Temos obrigação de legar a eles um ambiente acolhedor, essencial à sadia qualidade de vida. Assim como nós encontramos a Terra ao nascermos.

Há muitos livros que podem auxiliar nessa missão de conscientização dos ainda céticos. Um deles é "Como evitar um desastre climático: as soluções que temos e as inovações necessárias", de Bill Gates. O milionário fundador da Microsoft, depois de uma década a estudar causas e efeitos da mudança climática, encontrou fórmulas do que deva ser feito. Nada é muito fácil, pois já erramos bastante. Mas há meios de zerar as emissões de gases do efeito estufa, que dependem não só do poder público, mas também de cada um de nós.

Outro livro é "Ideias para adiar o fim do mundo", de Ailton Krenak. É um filósofo e ambientalista indígena. O Antropoceno é consequência da inconsciência humana. Ele provoca o leitor, com discursos em duas conferências e com o teor de uma entrevista concedida em Portugal, nos anos 2017 a 2019.

A terceira obra é "Mundo Sustentável 2", de André Trigueiro. Já participei de uma obra coletiva com ele, há alguns anos. Ele continua a fazer a sua pregação, agora mais angustiado diante da cultura de "soltar a boiada", incentivada pelo governo. São boas ideias e vale a pena interagir com ele, que está nas redes sociais e na televisão também.

"Vivene e Florine e suas descobertas na Amazônia, Árvore dourada e mais", livro de Isa Colli, é obra infantil que faz com que as crianças entendam a sustentabilidade. Vivene e Florine são duas abelhas e é muito bom saber que elas estão morrendo por causa de herbicidas que o Brasil usa e importa, mesmo sabendo que eles foram proibidos nos países de origem.

Uma visão otimista é a de Jorge Caldeira, que publicou "Brasil, paraíso restaurável", juntamente com Julia Marisa Sekula e Luana Schabib. Os autores acreditam que o Brasil ainda tem salvação. Bom para todos! Mas é preciso agir.

Sem cabotinismo, recomendo a leitura de meu "Ética Ambiental", publicado pela RT. São conselhos baseados na ética, a ciência do comportamento moral do homem em sociedade, matéria-prima em falta no Brasil de hoje.

De qualquer forma, é importante que todos saibam o que está acontecendo. Nem haverá tempo para dizer: "Por que não me avisaram?".

Publicado no Jornal de Jundiaí/Opiniãp
Em 22 09 2022



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