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A IMORTALIDADE DE CÉLIO DEBES
Acadêmico: Gabriel Chalita
Deixou o imortal Célio Debes escrituras belíssimas na sua vida e na sua obra.

O Arouche fica no coração de São Paulo. E, no coração do Arouche, fica São Paulo inteira em seus escritores, na centenária Academia Paulista de Letras.



O título é imortal, porque o conceito é de que o que morre é o corpo-matéria; o que fica é o que o corpo-matéria foi capaz de deixar.



Deixou o imortal Célio Debes escrituras belíssimas na sua vida e na sua obra.

Historiador minucioso, percorreu as veias do pensamento e da vida de um outro imortal da mesma Academia, o presidente Washington Luís.



Morreu, Célio, escrevendo. Colocou um ponto final na última linha do último parágrafo do livro sobre Afonso de Freitas e comunicou feliz ao nosso presidente, José Renato Nalini. E, então, partiu. Partiu deixando o todo do seu ensinamento. O homem vai além da obra.



Privilégio entrar na Casa da Palavra dos paulistas e beber o chá das sabedorias.

Sou o mais novo e o mais necessitado de aprendizagens. Votou em mim o Célio Debes, em 2005, para que eu pudesse ingressar na Casa. E duas vezes me honrou com sua confiança para que eu presidisse a nossa Academia.



Minha gratidão vai, entretanto, além.

Os seus gestos foram ensinadores. A sua paciência no ouvir e no dizer o seu pensamento. E o seu respeito aos outros tantos pensantes que aquecem nossas tardes de quintas-feiras.

Célio é um entre tantos de nós. Célio é único e, por isso, permanece nos todos que dentro de nós preenchem espaços essenciais da nossa formação e dos nossos afetos.



A família do Arouche fica um pouco mais triste, mas prossegue plena, cultivando a palavra e os cultivadores da palavra.



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