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TUDO É EDUCAÇÃO
Acadêmico: José Renato Nalini
"A demanda por direitos põe em quarto plano assumir obrigações. Exigir aquilo que não é obriga­ção exclusiva do Estado, mas que também depende do indivíduo demandante é uma face do problema."

Tudo é educação, ou “educação é tudo”, como queiram. Não há problema brasileiro que não se re­solva mediante educação. Educação por inteiro, con­venhamos. Não se tente reduzir a reflexão a aspectos importantes, mas que não chegam a abranger a totali­dade do tema. Falo em educação que começa em casa, até antes do ser educando nascer. Por que se põe um filho no mundo? Ele está em no ssos planos? Que vida queremos para ele? Se depender de nós, como ele en­contrará este planeta?
A demanda por direitos põe em quarto plano assumir obrigações. Exigir aquilo que não é obriga­ção exclusiva do Estado, mas que também depende do indivíduo demandante é uma face do problema. O desafio é multifacetado. Há muitas dimensões que re­clamam detida atenção.
Como seria melhor a vida se a educação infor­mal habitasse os lares, a vizinhança, o bairro, a comu­nidade, a região, a cidade inteira! Se cada um pensas­se que o resíduo sólido nome eufemístico para lixo abandonado numa área pública será recolhida com dinheiro de todos, talvez até por economia as pessoas fossem mais conscientes.
Quanto é que se gasta no Brasil com cole­ta de lixo, com os famigerados “lixões”, com as consequências da falta de educação cívica e de higiene?
Não seria muito melhor para todos se os rios fossem límpidos? Que pudéssemos utilizá-los como via gratuita de transporte, recurso barato para completar nossa necessidade nutricional, paisagem e deleite porque ver água límpida em movimento é exercício mental revigorante?
Soubéssemos nos servir com sabedoria daquilo que a natureza nos oferece e não have­ria fome. Inacreditável que se desperdice tanto alimento num país em que metade passa por ne­cessidade e metade tem problemas de saúde em virtude da obesidade.
Por falar em fome, o prêmio “Josué de Cas­tro” 2017 está em pleno curso. Josué de Castro, aquele que falou: “Denunciei a fome como flagelo fabricado pelos homens contra outros homens”. É isso mesmo. A melhor pesquisa científica, o melhor programa ou pro­jeto de política pública, ambos estão sendo chamados a concorrer, com inscrições de 17 de julho a 15 de agos­to, pelo e-mail consea@consea.sp.gov. O regulamento está disponível no site http://www.consea.sp.gov.br/josue-de­-castro. Informações pelo telefone 11-5067-0394.
A fome, a saúde, a violência, o emprego, a segurança pública, o saneamento básico, a longevidade, o desespero, o estresse, a angústia, a falta de perspecti­va, tudo isso pode ser resolvido mediante um eficien­te programa educativo. Educação formal e informal. Direito de todos, mas dever do Estado, da família e da sociedade. Todos chamados a participar dessa missão que é infinita em suas potencialidades e que em pouco tempo mudará o Brasil. Para melhor, é &oac ute;bvio.

Fonte: Correio Popular| Data: 18/08/2017




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