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VICTOR GERALDO SIMONSEN
Acadêmico: José Renato Nalini
"Sua história é um exemplo de como já tivemos boas experiências e iniciativas destinadas a socializar os benefícios dos avanços tecnológicos, setor em que parece estarmos a regredir."

Em 20 de setembro de 2016 o empresário e mecenas Victor Geraldo Simonsen completaria 100 anos. Sua história é um exemplo de como já tivemos boas experiências e iniciativas destinadas a socializar os benefícios dos avanços tecnológicos, setor em que parece estarmos a regredir.
Filho de Raquel Cochrane Simonsen e do industrial e senador Roberto Simonsen, fundador da Fiesp, Sesi e Senai, era mais novo do que Roberto e Eduardo, mas o caçula foi Fernandinho, falecido precocemente.
Estudioso e entusiasta, após seu curso de Engenharia especializou-se nos Estados Unidos e Inglaterra e assumiu a Cerâmica São Caetano, modelo de empresa com responsabilidade social. Ali havia escolas, centros recreativos, assistência médica e odontológica e um verdadeiro interesse pela vida cotidiana e pelo futuro dos empregados. Era um orgulho pertencer àquela verdadeira “família” São Caetano.
Ele quis reproduzir a prática social em Jundiaí, na Fazenda Campo Verde, no limite entre Jarinu e Jundiaí, onde descobrira uma substância necessária à indústria cerâmica. Nunca se viu nem se verá algo como Campo Verde. Preservação da natureza, incentivada com paisagismo e formação de represas nas quais navegava um iate, o Igapó, conciliada com a exploração da cultura em todos os níveis. Pavilhão de música, cinema e teatro, laboratórios, bibliotecas especializadas. E muita proteção aos animais.
Escola para os filhos dos empregados, capela, múltiplas apresentações de teatro, concertos, exposições, palestras e conferências. Sem deixar de lado o esporte e a orientação pedagógica para todos. Em Jundiaí, Dulce Ribeiro Simonsen, esposa de Victor, promoveu os Encontros Jundiaienses de Arte, incentivou artistas jovens, recebeu as visitas ilustres que vieram à cidade, inúmeras vezes concordou em praticamente esvaziar sua represa para que o abastecimento da cidade não sofresse com as crises hídricas já então frequentes.
Tudo sem desconto no Imposto de Renda, sem o sensacionalismo da mídia, mas na crença inabalável de que o ser humano é o projeto mais valioso e para o qual todos os investimentos ainda são poucos, na tentativa de redimir o Brasil do enorme atraso em verdadeiro e único desenvolvimento, que é o progresso moral.

Fonte: Jornal de Jundiaí | Data: 22/09/2016




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